De todos os meus receios poucos foram os que se concretizaram. De todas as minhas preocupações poucas foram as que se mostraram fundadas.
Preocupamos-nos demais, pensamos demais, vivemos acelerados demais. Sofremos por antecedência, choramos antes da tragédia e, na maioria das vezes felizmente, a tragédia não chega.
É fácil falar: "vive sem stress", "deixa a vida acontecer". Clichés. Que devíamos usar à regra.
Os dias passam, as semanas correm e os meses são como o (...)
Cresci a achar que era insuficiente. Que fazia tudo errado. Que era por isso que o meu pai não me queria. Porque eu era um erro. Que tinha estragado a vida da minha mãe.
Cresci a ver erros em tudo o que eu era. O meu corpo era horrível e eu odiava-o. Não era suficientemente inteligente. As minhas amigas vestiam-se melhor. A minha família era disfuncional. Não tinha tinha dinheiro para estudar, logo nunca seria ninguém.
Cresci e sujeitei-me a relações de merda. Corri atrás (...)
Há meses que não venho escrever por aqui. Nunca deixei de escrever porque é a minha terapia, embora tenha alturas em que escrevo diariamente e outras em que só o faço esporadicamente.
Não houve nenhum motivo para deixar de escrever aqui. Continuo a achar o mundo dos blogues fascinante. Adoro vir aqui de tempos a tempos e ler o que as pessoas que sigo escreveram. Ver que estão vivas sobretudo. Ter "noticias" delas.
Acho que é também por isso que por vezes volto. Para dar (...)