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Coisas que eu [não te] disse

Tudo o que não consigo dizer, escrevo.

Coisas que eu [não te] disse

Tudo o que não consigo dizer, escrevo.

Quando é que isto começou a acontecer?

V de Viver, 16.10.24

Entrei neste mundo dos blogues fez ontem cinco anos. Sempre considerei o blogue um lugar seguro. Comecei a escrever por mim e para mim, até porque nem tinha subscritores como é lógico. Aos poucos foram aparecendo pessoas dispostas a ler-me, eu fui lendo outras pessoas, fomos criando uma espécie de amizade virtual como em qualquer outra rede social mas com uma excepção: aqui ninguém usava palavras amargas para se dirigir aos outros, ninguém usava filtros para parecer mais feliz, mais bonito ou com uma vida melhor que a do vizinho, cada um tinha direito à sua opinião e, como deveria ser, se alguém lia algo que não gostava seguia a sua vida e procurava outro blogue para ler. 

Foi um dos maiores encantos neste mundo, para mim, esta liberdade de poder ser. Escrevo sem ofender ninguém, num espaço que é meu e de quem gosta de cá passar. Não escrevo para ganhar o prémio Nobel, não escrevo para angariar subscritores, não escrevo com intenção nenhuma que não seja essa mesmo: escrever! 

Contudo há dias fiz mais uma das minhas publicações (que até têm sido cada vez menos ao longo dos anos!) sobre o Outono e o quanto gosto da referida estação. E embora não queira dar grande importância ao assunto recebi um comentário de um "anónimo" que me fez pensar em como as coisas mudam e em como, afinal, parece haver gente amarga e sem noção em todo o lado! 

O referido "anónimo", pessoa que, penso eu, nunca terei lido e talvez nunca antes me tenha lido também, achou mal o meu texto sobre o Outono porque para a pessoa em questão a informação sobre o que sinto sobre a estação não é útil nem importante, referindo-se ainda ao nosso país como "triste".

Ora eu fiquei a pensar, ainda que por pouco tempo, sobre o que levaria uma pessoa que não se identifica e que, suponho eu, nem é leitor habitual do blogue, a fazer um comentário daqueles num texto do qual não gostou e não achou interessante. 

Nestes anos por aqui já passei em blogues que não apreciei, já li textos com os quais não me identifiquei e o que fiz em todos os casos foi passar ao blogue seguinte, seguir a minha vida e procurar algo que gostasse de ler e com o qual me identificasse! Nunca, jamais, comentei um texto a dizer que a informação não é útil nem importante, e não consigo imaginar alguém a fazê-lo no mundo dos blogues que eu costumava conhecer.

Talvez as coisas tenham ido mudando ao longo destes anos. Talvez aqui já não seja um lugar seguro. Ou talvez a pessoa em questão não tivesse mais nada para fazer, ou estivesse a ter um dia mau ou, quem sabe, esteja a passar uma fase má na vida. Em todo o caso, embora tenha respondido à pessoa por uma questão de educação, a verdade é que fiquei, por momentos, com uma certa "pena" (eu sei que não é uma palavra bonita) porque nós reflectimos para fora aquilo que temos dentro. Claro que o comentário diz mais sobre a pessoa do que sobre mim ou sobre o meu texto, eu sei disso.

Mas no fundo fiz este texto com uma intenção: gostava muito de saber se vocês, os que me lêem, os que já andam por cá há tantos ou mais anos que eu, também têm passado por alguma situação do género nos vossos blogues? Pergunto-me quando é que isto começou a acontecer num espaço que costumava ser de respeito ao próximo? 

5 anos

V de Viver, 15.10.24

5º Aniversário do "BELEZA EM AÇÃO"

O blogue faz hoje cinco anos. Uma mão cheia!

Escrevi muito nos primeiros anos e este blogue será sempre a minha porta de entrada para um mundo desconhecido mas agradável, a minha porta de entrada para um caminho de cura. 

Foi num momento de muita dor que comecei a escrever, que decidi criar o blogue, pensando na altura que ninguém me iria ler, que seria uma espécie de diário. O computador era novo, eu estava com uma lesão que me obrigava a estar muito tempo deitada e como tal não me era fácil escrever em papel, e foi então que pensei: "porque não?". Mal sabia eu que me ia encantar tanto com este mundo, que iria encontrar pessoas sem rosto mas com uma alma gigante. Seres humanos tão reais quanto eu, sem filtros como os das famosas redes sociais, que escrevem com alma, e que me iriam acompanhar e continuar por cá mesmo nas minhas ausências. 

Tal como na vida real também por aqui algumas pessoas se foram, outras vieram. A vida a acontecer, cada um a viver no seu mundo, ao seu ritmo, a lidar com as suas dores, com as suas conquistas, as suas lutas. 

Tal como eu!

Os últimos anos por aqui ficam marcados mais pelas ausências do que por qualquer outra coisa. Mas fica registado aqui, e em outros textos mais antigos, que nunca me esqueci deste espaço, que sempre que desaparecia tinha vontade de voltar, que a vida corrida me obrigava a fazer escolhas e muitas vezes não consegui escolher o blogue. Mas que a gratidão que tenho ao espaço em si, ao Sapoblogs, a quem me lê, a quem escreve maravilhosamente e me permite ler, nunca é esquecida. 

Feliz aniversário ao meu querido blogue, que tanto me ajudou a curar! 

E obrigada a todos vós que me vão lendo!

Este é um texto sobre acreditar em nós mesmos [e sobre o milagre do amor]

A maior e melhor novidade de 2024 e de toda a minha vida!

V de Viver, 14.10.24

Quero apenas ser mulher, quero apenas ser...Mãe!

Vou ser mãe. Aliás, já sou mãe desde que descobri que estou grávida. 

O milagre da vida. Tenho um bebé a crescer dentro de mim, e com ele cresce o meu amor por ele, por mim e pelo papá dele. 

A vida por si só é um milagre. A vida a acontecer todos os dias é outro milagre, acordar todos os dias é um milagre. Mas estar grávida, ter uma vida dentro de nós, ter outro coração a bater dentro de nós? É algo que não tem explicação.

Um dia li [ e lamento profundamente não saber quem o disse!] que podemos viver de duas formas: como se nada fosse um milagre ou como se tudo fosse um milagre. 

Já há uns anos que vivo como se tudo fosse um milagre, e para mim é a maneira certa de viver. Mas isto é o meu eu de há uns oito anos para cá. A minha versão que é grata à vida todos os dias. Grata pelo que correu bem e grata pelo que correu mal. Todos os passos que dei trouxeram-me até aqui. Fui eu quem me trouxe até aqui. E, acreditem, por muitas dores que me tenham doído, faria tudo de novo para chegar ao dia de hoje, à minha versão de hoje, à minha vida de hoje. 

Gostaria que todas as pessoas do mundo conseguissem perceber a força que existe dentro de cada um de nós. Que cada pessoa soubesse que pode tudo, que mesmo vindo debaixo, que ache que não é nada, que não tem nada, pode sim dar a volta. É verdade que é preciso um esforço muito maior a quem não tem nada, a quem começa do zero, a quem não tem ajuda (acreditem, sei do que falo). E refiro-me a ter mas também a ser. Mais importante que ter é ser. Eu primeiro fui e só depois tive. Sou muito mais do que tenho. Espero que me faça entender. 

Se poder deixar um conselho para quem me lê, e principalmente para quem me possa ler e se encontre numa fase menos boa da vida, com dificuldades, com pouca esperança, é: antes de tudo sê. Antes de tudo conhece-te, antes de tudo descobre a força que tens. Tu és aquilo que pensas. Se acreditares que não és nada, que não és ninguém, é isso que serás. Mas se acreditares que mesmo vindo do nada, do zero, que mesmo tendo tido uma infância, adolescência, ou vida de m#rd@ tu podes ser quem tu quiseres, tu serás exactamente isso: quem tu quiseres!

Pode parecer estranho este discurso de amor próprio ou auto desenvolvimento num texto onde vos conto que estou grávida. Mas há uma razão de ser, e quem me acompanha há mais tempo com certeza percebe. 

Quando comecei este blogue estava perdida. Completamente perdida na vida. Mas sabia que tinha que existir um caminho melhor, uma vida melhor. Se os outros conseguiam porque é que eu não conseguiria? E hoje, digo-vos, com toda a certeza, que não me falta nada. Da mesma forma que vos digo que tudo começou por dentro. Tudo começou por mim. 

O caminho até aqui, até à versão ser humano, mulher e mãe que eu admiro, foi muito longo e duro. Mas valeu a pena cada lágrima, cada dia menos bom, cada sofrimento. 

Nunca desistam dos vossos sonhos. Nunca se esqueçam da força que têm. 

Parece cliché, parece frase feita, mas acreditem há em cada um de nós uma força que só conhecemos se a procurarmos bem no fundo. A vida ajuda-nos, se nos ajudar-mos. 

Nunca se esqueçam: acabamos sempre por colher aquilo que plantamos. Tratem do vosso plantio, saibam o que estão a plantar e tenham a certeza que irão colher. 

Um grande beijinho a todos que me lêem, obrigada por estarem aqui a viver e festejar comigo as minhas conquistas desde 2019 e a dar uma palavra amiga nas minhas dores e momentos mais difíceis. Grata a todos!

 

Texto escrito em Junho de 2024

Sempre o Outono

V de Viver, 08.10.24

Não existe outra estação que me faça sentir desta forma. Casa. Outono para mim é sinónimo de casa. De mantas sobre as pernas. De velas acesas enquanto leio um livro e bebo um chá. É sinónimo de paz. De gotas de chuva a escorrer pelos vidros das janelas. É no Outono que a cama me sabe melhor. Lençol e colcha, porque o frio ainda não é tanto ao ponto de pedir mantas ou edredons quentes, puxados até às orelhas. Som da chuva e do vento a bater forte contra as janelas. E aqui, neste paraíso para onde me mudei há uns meses, todos os sabores, cores e sons do Outono são ainda mais acentuados. 

Um dia li: " tem cuidado com o que desejas". Desde esse dia comecei a desejar ainda com mais força tudo aquilo que sabia que desejava de verdade, tudo o que tinha a certeza de querer mesmo na minha vida. E ela, a Vida, foi-me dando aos poucos tudo aquilo que desejei. A única coisa que me pediu em troca foi que fizesse a minha parte. E digo isto porque este paraíso a que hoje chamo de casa foi um sonho um dia. Vivi junto à praia oito anos da minha vida. Quem me segue desde o inicio sabe o quanto a praia foi casa para mim. O quanto a água salgada do mar se juntou às lágrimas salgadas no meu rosto durante os piores e os melhores momentos. Mas sempre quis viver no campo. Sempre quis acordar e ouvir os passarinhos, ouvir o vento nas árvores, ouvir os animais, ouvir a natureza, a vida. E tenho hoje esse privilégio. Abdiquei de muito para chegar aqui, mas faria tudo novamente.

É aqui o meu lugar. É aqui que gosto de ver o sol nascer, porque aqui ele nasce com cores que nunca antes tinha percebido no céu. Aqui o pôr do sol é o mais bonito que vi em toda a minha vida. Aqui o vento sopra, por vezes tão forte que assusta. Aqui o ar é puro, e o verde é de perder de vista. 

Sempre soube que se estivermos em paz por dentro pouco importa o que está por fora, e até acredito que se tivermos paz interior pouco importa o lugar onde estamos. Mas acreditem em mim, se podermos juntar a nossa paz interior a um lugar de paz exterior, a vida fica ainda mais maravilhosa. 

Hoje estou nostálgica, como apenas o Outono ou as datas especiais me tornam. Hoje recordo dias menos bons na minha vida, dias em que corria para este blogue porque sempre foi um lugar seguro e contava a quem me quisesse ler todo o inferno que vivia por dentro. Foram tempos duros, mas aos poucos encontrei a minha paz. 

E tudo isso ensinou-me que, se procurarmos bem, tudo o que precisamos está dentro de nós. E que se tivermos a coragem de correr atrás dos nossos sonhos, tudo o que já é bom pode sempre melhorar. 

Mas nunca se esqueçam: antes de melhorar, tudo piora. Não se deixem vencer pelos dias menos bons, o sol pode estar mais escondido nos dias cinzentos de Outono, mas ele está sempre lá. 

Excertos que me tocaram a alma #22

V de Viver, 01.10.24

"A existência realiza aquilo que você pede, e você é simplesmente a realização dos seus desejos passados. Não culpe os outros - você é aquilo por que rezou. E, lembre-se, este é um dos aspectos mais perigosos do mundo  - o que quer que você deseja, será realizado."

Osho in Amor, Liberdade e Solidão

Estou em falta...

V de Viver, 25.09.24

Em falta convosco e, acreditem ou não, em falta comigo mesma!

Foram poucos os textos por aqui. As reflexões que têm vindo a diminuir ao longo dos anos de existência deste blogue este ano ainda foram menos. Não só por aqui. No meu caderno de escrita também foram muito poucas este ano. Curiosamente um dos melhores anos de sempre da minha vida. Coincidência ou não? Não sei. Mas sei que foi sempre a dor que me chamou mais a escrever e, inclusive, foi através da escrita [aqui e no meu caderno de escrita] que transformei muita dor em cura, e em amor. 

Não gosto de prometer nada que não tenha a certeza de que irei cumprir, mas prometo tentar muito voltar à escrita por aqui. 

Tenho novidades, tenho textos nos rascunhos à espera de serem publicados, mas não me consigo recordar de um ano que tenha passado tão depressa como 2024. 

Voltei hoje aqui porque, tal como todos os anos, parece que renasce em mim uma vontade de escrever enorme no Outono. Sou apaixonada por esta estação e este ano é ainda mais importante na minha vida. E como tal quis mudar a cara do blogue, adequar à estação!

Espero, de coração, que todos os que me costumavam ler (alguns que, fiéis como só no mundo dos blogues se encontram, ainda lêem) estejam bem. Mas vou tentar actualizar-me ainda esta semana. 

Para já deixo-vos com a promessa de tentar muito vir contar-vos sobre este magnifico ano de 2024. 

Um grande beijinho a todos

V. 

3º aniversário do blogue

V de Viver, 16.10.22

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Ontem o blogue completou mais um aniversário! Não me foi possível vir aqui deixar umas palavras, mas cá estou hoje para relembrar e "festejar" de alguma forma esta data. 

Juro-vos que me lembro do dia em que criei o blogue como se fosse hoje. Foi uma fase tão dura. Doía-me até aos ossos. Doía-me a vida. A falta dela. A forma como ela se me apresentava. 

Tanta coisa mudou desde esse dia. 

Este blogue foi sempre um refúgio. A escrita em si foi sempre onde procurava respostas. 

Escrevia ( e continuo a escrever) mais para mim do que qualquer outra coisa. Mas tive o enorme prazer de vos ter por cá a ler-me, a responder-me, a dar-me força. Como se nos conhecêssemos. Como se fossemos amigos. Talvez sejamos. Talvez todos vocês que de uma forma ou de outra tocaram a minha alma e a minha vida estivessem destinados a isso. 

Nada é por acaso. Ninguém é por acaso. Nisso eu acredito com toda a força do meu ser.

Muito obrigada a todos por estarem por aqui. Por me tocarem profundamente com o que escrevem. 

Que, embora com as ausências necessárias a cada um, continuemos a ler-nos durante muitos anos. 

Dois anos de blogue

V de Viver, 15.10.21

adi-goldstein-Hli3R6LKibo-unsplash (1).jpg(Fotografia: @adigold1)

Dois anos de blogue. Dois anos de alma a nu. 

É aqui que partilho os meus sentimentos. É aqui que mostro a verdadeira montanha russa de emoções que sou. Aqui posso ser eu. Aqui ninguém julga. Aqui há pessoas sábias, daquelas que todos queremos ter por perto. Aqui as pessoas são reais. Têm dores, têm defeitos, têm cicatrizes. E mostram-nas, tal como eu, sem filtros. 

Os blogues deveriam ser a rede social de excelência. Se é para gastar cada segundo da nossa vida agarrada a um ecrã, então devia ser aqui. 

Este ano de 2021 não escrevi tanto por aqui. Foi um ano e tanto. Mudei a cada dia. Sim, a cada dia. Juro-vos que senti isso. Como se trocasse de pele a cada vinte e quatro horas. Errei muito, aprendi ainda mais. 

Senti muita dor e sei que isso foi visível por aqui. Muitos de vocês que me lêem disseram, mais do que uma vez, que deveria procurar ajuda. Agradeço-vos o conselho. Como vos agradeço o facto de estarem sempre ai, de me lerem mesmo quando as minhas palavras são amargas e carregadas de dor. 

Continuo a olhar para este blogue como o meu lugar seguro. Continuo a amar cada palavra que escrevo e cada palavra vossa que leio, embora não vos tenha lido tanto durante os últimos meses. 

Em dia de aniversário do blogue eu teria muito mais para escrever. Mas no fundo aquilo que importa é agradecer-vos por continuarem aqui nos meus momentos menos bons. Por me continuarem a ler mesmo quando as minhas palavras são lágrimas envoltas em escuridão. 

Sou-vos eternamente grata por estarem aí. É difícil explicar como é bom saber que aqui as pessoas ouvem-me (lêem-me), acarinham-me, dão-me força, mesmo sem me conhecerem. Se bem que no fundo, ninguém me conhece como vocês. Vocês lêem o mais fundo dos meus sentimentos. A verdadeira pessoa que eu sou apenas vocês conhecem. Acreditem, nunca ninguém me viu tão nua quanto vocês. 

Por isso obrigada. Muito obrigada a todos que continuam por cá a cada dia. 

E de repente...

Último dia do ano

V de Viver, 31.12.19

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Um dia, algures, li: "E de repente já é sexta-feira, de repente já é Natal, de repente mais um ano se foi, e você ficou aí parado apenas querendo mudar a sua vida".

Faz todo o sentido porque, infelizmente, passamos muitas vezes pela vida em piloto automático (ou a vida passa por nós, não sei!).

Estamos no último dia de 2019. E não podia deixar de passar aqui no blog para desejar a todos que me lêm umas boas entradas. Porque foi graças a este blog e aos comentários de quem me segue que eu consegui ver a luz ao fundo do túnel. Criar o blog foi sem dúvida uma das melhores decisões de 2019, e este ano que foi tão mau, será lembrado por mim, para sempre, como o ano que comecei a partilhar com o "mundo" as minhas palavras. A minha alma. As minhas verdades. Os meus segredos (alguns pelo menos).

Por isso, primeiro, agradeço-vos de coração pelos comentários, incentivos e palavras de carinho. Continuem a fazê-lo, não só aqui comigo mas pela blogosfera fora, porque nunca se sabe quando as nossas palavras podem salvar um dia, quando podem colocar, no rosto de quem lê, o único sorriso desse dia. 

Desejo que todos os vossos sonhos se realizem, e que não percam a esperança assim como eu não perdi.

Na vida de todos nós sempre vão existir momentos menos bons, fases mais negras, mas é normal. Não se percam, não se deixem afectar como eu deixei este ano. Avancem, mesmo que com esforço, mas parem se for necessário. Reflictam. Tirem um tempo para olhar para dentro de vós e buscarem a clareza que por vezes só pode vir do silêncio e da solidão. 

Aproveitem cada dia, tentem (pelo menos) tirar um bocadinho do vosso dia só para vocês. Eu vou tentar, juro-vos que sim, porque sei que essa é a única forma de não me voltar a perder.

Deixem-se iluminar pelo brilho das luzes dos fogos de fim de ano e façam com que a vossa primeira respiração em 2020 seja de esperança. Porque no fundo é isso que a virada do ano nos proporciona. Esperança por um ano melhor, por uma vida melhor. Esperança de que o capítulo que se inicía seja melhor que o anterior. Seja um capítulo de vitórias, de amor, de conquistas e de paz.

Sorriam muito, amem ainda mais. Não se preocupem muito, quem menos se preocupa mais feliz vive. Sejam gratos todos os dias, há sempre alguma coisa para agradecer e devemos agradecer sim por aquilo que já temos. A gratidão transforma o que temos em suficiente. Há quem não tenha nada, nem sequer um sorriso de quem passa na rua e para quem são invisíveis. Há sempre alguém pior que nós, devemos ter sempre a capacidade de nos recordarmos disso, principalmente quando achamos que nos falta alguma coisa. E por vezes falta-nos tanto e basta um abraço para termos tudo.

Deixem-se inspirar por um dia de sol, mas apreciem também um dia de chuva. Nenhuma tempestade dura para sempre. Não se esqueçam que temos luz mas também escuridão dentro de nós. E ambas são necessárias para que tenhamos equilíbrio. 

Errar, superar, aprender e recomeçar. É assim que deve ser. É deste modo que devemos encarar a vida.

Termino este texto com a certeza que aquilo que vos escrevi são, precisamente, os votos daquilo que mais desejo para mim.

 

Feliz Ano Novo! 

 

PS: não se esqueçam, não falta amor...falta amar!

Metas realistas para 2020

V de Viver, 30.12.19

Todos os anos é a mesma coisa. Acreditamos que o próximo ano é que vai ser. Tudo o que não conseguimos realizar durante o ano actual passamos, imediatamente e com confiança exagerada, a acreditar que vamos atingir no próximo ano. Já me aconteceu tantas, mas tantas vezes. E não acredito que só me tenha acontecido a mim.

E depois dou por mim a pensar numa frase batida: "Não haverá um novo ano se continuarmos a cometer os erros dos anos passados". E é uma verdade quase absoluta não?!

Alguém que perceba de psicologia ou das coisas da mente pode vir aqui dar uma explicação, mas é ou não verdade, que na transição de um ano para o outro ficamos hiper motivadas a mudar? 

Bom, eu pelo menos, fico. E por causa disso, e porque acredito que depois de 2019 não me posso mais deixar iludir, decidi fazer uma lista (eu sou a mulher das listas) de dez metas realistas para 2020. Digo realistas porque, como irão ver, dela não constarão metas estonteantes. Depois da descida ao fundo do poço que tive em 2019 aprendi, inevitavelmente, que é preferível ter metas alcançáveis para não me sentir frustada depois.

Cá vai:

1- Cuidar mais da minha alimentação;

2- Treinar sempre que for possível (pelo menos 3 vezes por semana, vá lá);

3- Dar o meu melhor nos dois ítens acima;

4- Cuidar mais de mim;

5- Fazer sempre escolhas que sejam o melhor para mim e não para os outros;

6- Pensar antes de agir (deixar de ser, estupidamente, impulsiva);

7- Não dar ouvidos à opinião dos outros (ela é dos outros e diz mais sobre eles do que sobre mim);

8- Não falar da minha vida com ninguém (as pessoas querem ver-nos bem, mas nunca melhor que elas) PS: excepto aqui no blog que é onde sinto que posso falar à vontade;

9- Estudar e aprender mais sempre que possa;

10- Preocupar-me menos (quanto menos te preocupas mais feliz és);